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Governo brasileiro decide adiar data do Enem 2020

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deve ter mais de 4 milhões de participantes neste ano, foi enfim adiado nesta quarta-feira, 20, pelo Ministério da Educação (MEC). Esta será a segunda vez na história do maior vestibular do País que ele deixará de ser feito na data marcada; a primeira foi quando a prova foi roubada em 2009, conforme revelado pelo Estadão. A mudança, que o Congresso Nacional já havia começado a decidir ontem e era pedida há semanas por secretários de Educação, universidades e estudantes, vai dar mais tempo para alunos pobres se prepararem. Mas também embaralha todo o calendário de outros vestibulares e o ano letivo de 2021.

Apesar do anúncio do adiamento, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) do MEC não informou a nova data do exame. De maneira vaga, dizia apenas que a previsão era de “30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”. O ministro Abraham Weintraub, que sempre defendeu a manutenção da prova em novembro, quer fazer agora uma consulta pela internet sobre a data com estudantes. Para secretários estaduais de Educação e especialistas, a decisão não deve ser só dos alunos e, sim, considerar as redes de ensino, universidades e ainda analisar como será a volta às aulas após a pandemia.

O Enem é a porta de entrada para mais de 200 mil vagas em cerca de 130 instituições por meio do Sisu, o sistema eletrônico que seleciona os candidatos conforme suas notas. Quando o Enem ocorre em novembro, há ainda cerca de dois meses para que as provas sejam corrigidas e as vagas sejam liberadas no Sisu, o que ocorre em janeiro. Caso a prova seja adiada por 60 dias, o Enem seria em janeiro e aprovações só sairiam em março ou abril, já que há sempre mais de uma lista. (msn notícias)

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