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Trabalho escolar com bandeira do Brasil manchada de vermelho, frase desordem e regresso causa polêmica

O que seria um trabalho escolar acabou tornando uma polêmica nas redes sociais, o caso aconteceu em São Gabriel da Palha, imagens enviadas por uma mãe de aluno mostram que nas paredes da sala de aula da escola agrícola foram fixados cartazes fazendo comparação de salários do homem e mulher negro e branco. Além disso, uma bandeira do Brasil manchada de vermelho com a frase “Desordem e Regresso”, a bandeira do MST (Movimento Sem Terra) e fotos do atual presidente da República com a frase “E daí”, supostamente dita por ele durante a pandemia.

A escola Família Agrícola do Bley é acusada de impor uma doutrina política e partidária dentro da sala de aula, o caso chegou ao conhecimento do Ministério Público e da Secretaria de Educação, porém os órgãos ainda não se manifestaram sobre o caso.

O Portal Momento procurou a direção da escola para se manifestar sobre o assunto, o diretor da instituição, Edinaldo Freitas Ribeiro, prontamente enviou uma nota se pronunciando sobre o caso e disse que é um trabalho escolar desenvolvido pela professora da disciplina de filosofia e alunos da 4ª série do ensino médio profissionalizante, o diretor  defendeu que não há nenhuma imposição de doutrina política, partidária dentro da escolaque existe há 50 anos formando profissionais para o mercado de trabalho. Confira a nota abaixo:

  • Nota enviada pela direção da Escola família Agrícola do Bley

“No nosso Plano de Curso, na disciplina de filosofia da 4ª série do Ensino Médio Profissionalizante está previsto que o professor trabalhe o conteúdo: O ser humano como um ser politico. A professora fez a motivação do tema, disponibilizou o conteúdo e solicitou que comparassem com a letra de músicas (assistir o vídeo das músicas) dos cantores Projota e MC Sid. Os estudantes com os textos, músicas, foram orientados também a usar a internet para pesquisas.

Os estudantes em 4 grupos se preparam e apresentaram os temas. Na apresentação apareceram os seguintes enfoques: saúde precária, desigualdade social, falta de emprego, não reconhecimento dos trabalhadores, a economia do Brasil, as queimadas, falta de investimento na educação, terrorismo, guerra, pandemia, fome, discriminação, mortes, violência, racismo, desigualdade salarial e usaram figuras da internet, frases, símbolos (panelas, alimentos etc). No caso da bandeira do Brasil um grupo concluiu que pelas situações vivenciadas no pais desde a chegada dos portugueses que nossa bandeira estava manchada de sangue e com tinta na mão a colocou na Bandeira simbolizando o sangue derramado e disseram que essas ações acarretam desordem e regresso no país.

Sobre a denúncia que foi publicada num perfil do Instagram e no Facebook feita pela família, consideramos que foi feita de maneira precipitada e impensada nos prejuízos que poderia causar, pois a escola dispõe de mecanismos de gerência que permitem as famílias se manifestar através das instâncias de poder da escola, através de reuniões do Conselho de Administração, Assembleias dos pais (inclusive realizamos uma dia 19/03), canais de WhatsApp direto com professores da escola, através do grupo de acompanhamento de cada série. Quanto ao perfil do Instagran e do Facebook achamos que faltou responsabilidade de procurar a direção escolar para que tivéssemos a oportunidade de averiguar os fatos (vista que foi feita numa sala de aula especifica para a 4ª série) para tentarmos corrigir possíveis excessos se houveram. Reitero também que no artigo 206 da Constituição Federal que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: II liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. E neste caso acredito que a manifestação dos estudantes neste momento específico da aula exerceu este direito. Para maiores esclarecimentos estou a disposição”, diz a nota da Escola Família Agrícola do Bley.

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