Economia

Mercado financeiro oscila após anúncio de tarifas do governo Trump

© Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

No dia seguinte ao anúncio de aumento nas tarifas por parte do governo de Donald Trump, os mercados financeiros reagiram com instabilidade. O dólar superou os R$ 5,60 pela primeira vez em quase dois meses, enquanto a bolsa de valores brasileira teve queda de 0,69%, encerrando o pior mês desde dezembro.

Nesta quinta-feira (31), o dólar comercial foi vendido a R$ 5,601, uma alta de R$ 0,011 (+0,19%). A moeda norte-americana chegou a atingir R$ 5,62 por volta das 10h30, recuou para R$ 5,58 por volta das 13h10 e terminou o dia estável em torno de R$ 5,60. Esse foi o maior patamar desde 4 de junho, quando o dólar estava em R$ 5,64. No acumulado de julho, a moeda subiu 3,07%, apesar de registrar uma queda de 9,37% no acumulado de 2025.

Já o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores (B3), encerrou o dia com 133.071 pontos, recuando 0,69%. Com isso, o mês de julho acumulou uma perda de 4,17%, representando o pior desempenho mensal desde o fim do ano passado.

Tanto fatores internos quanto externos impactaram os mercados. No cenário internacional, o dólar se fortaleceu globalmente após o governo Trump prorrogar por mais 90 dias as negociações comerciais com o México. Já o euro permaneceu estável, vendido a R$ 6,39, refletindo os efeitos do recente acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.

No Brasil, o dólar também foi influenciado pela definição da Taxa Ptax — média das cotações do último dia útil do mês — usada como referência para correção das reservas internacionais e da dívida pública indexada ao câmbio.

Por fim, a queda da bolsa também foi provocada pela sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom), que, em seu comunicado, não descartou um possível aumento da taxa de juros caso a inflação volte a subir nos próximos meses. Essa perspectiva de juros mais altos tende a afastar investidores da renda variável, direcionando-os para aplicações mais seguras em renda fixa.

Fonte: Agência Brasil

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