Venda de carros 1.0 cresce mais de 11% com incentivo do Programa Carro Sustentável

As vendas de veículos populares com motor 1.0 registraram alta de 11,35% em julho, na comparação com o mês anterior, impulsionadas pelo recém-lançado Programa Carro Sustentável do governo federal. Em relação a junho, o crescimento foi ainda maior: 13%, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
A entidade apresentou os números neste sábado (2) ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante visita a concessionárias em Brasília. Animado com o desempenho do setor, Alckmin destacou que o aumento nas vendas representa geração de empregos tanto na indústria quanto no comércio.
“O presidente Lula zerou o IPI. As montadoras também estão colaborando com descontos generosos. O programa é um sucesso”, afirmou o vice-presidente.
Descarbonização e incentivos fiscais
Criado para incentivar a renovação e a descarbonização da frota de veículos no país, o Programa Carro Sustentável concede isenção total do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros que cumpram critérios de sustentabilidade e fabricação nacional.
Para se enquadrar no benefício de IPI zero, os veículos precisam atender a quatro exigências:
- Emitir no máximo 83g de CO₂ por quilômetro rodado;
- Utilizar ao menos 80% de materiais recicláveis;
- Ser produzido no Brasil, incluindo etapas como soldagem, pintura, montagem e fabricação do motor;
- Pertencer à categoria de carros compactos, considerados modelos de entrada das montadoras.
Modelos já beneficiados
Atualmente, pelo menos cinco modelos — com diferentes versões — já foram aprovados para receber o benefício da isenção do IPI:
- Chevrolet Onix
- Renault Kwid
- Volkswagen Polo
- Hyundai HB20
- Fiat Mobi e Fiat Argo, da Stellantis
Com o incentivo fiscal e os descontos aplicados pelas montadoras, alguns desses modelos tiveram redução de preço de até R$ 13 mil.
Nova tabela do IPI para demais veículos
Para os veículos que não se enquadram nos critérios para IPI zero, o governo também planeja implementar uma nova metodologia de cálculo do imposto. Essa tabela, que entrará em vigor 90 dias após a publicação do decreto do programa, estabelecerá uma alíquota inicial de 6,3% para veículos de passeio e 3,9% para comerciais leves.
Essas alíquotas poderão ser ajustadas para mais ou para menos, conforme indicadores como eficiência energética, tipo de motorização, potência, segurança e índice de reciclabilidade dos materiais.
O objetivo do governo é incentivar a produção de veículos mais limpos e eficientes, ao mesmo tempo em que estimula a indústria automotiva nacional e torna os carros populares mais acessíveis para a população.
Fonte: Agência Brasil