Economia

Mercado reduz projeção da inflação para 2025, mas expectativa segue acima da meta do Banco Central

© Marcello Casal JrAgência Brasil
© Marcello Casal JrAgência Brasil

A nova edição do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC), mostra que a previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passou de 4,83% para 4,81% em 2025.

Para os próximos anos, as projeções também foram ajustadas: 4,28% em 2026, 3,9% em 2027 e 3,7% em 2028.

Meta de inflação

Mesmo com a leve queda, a expectativa para este ano segue acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (entre 1,5% e 4,5%).

Em agosto, favorecido pela redução da conta de energia elétrica, o IPCA registrou deflação de 0,11%, levando a inflação acumulada em 12 meses para 5,13%, segundo o IBGE.

Juros básicos

Para conter a pressão inflacionária, o BC mantém a taxa Selic em 15% ao ano, patamar definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O colegiado já sinalizou a intenção de sustentar os juros em nível elevado “por período prolongado”, até que a inflação volte ao centro da meta.

De acordo com as expectativas do mercado:

  • 2025: Selic em 15% ao ano;
  • 2026: queda para 12,25% ao ano;
  • 2027: recuo para 10,5% ao ano;
  • 2028: redução para 10% ao ano.

Taxas mais altas encarecem o crédito e favorecem a poupança, o que ajuda a conter a inflação, mas pode limitar a expansão da economia. Já cortes na Selic tendem a baratear o crédito, estimulando produção e consumo, embora reduzam o controle sobre os preços.

PIB e câmbio

O boletim também manteve em 2,16% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025. Para os anos seguintes, a projeção é de 1,8% em 2026, 1,9% em 2027 e 2% em 2028.

No segundo trimestre deste ano, a economia brasileira avançou 0,4%, puxada por serviços e indústria. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, registrando o quarto ano seguido de expansão — a maior desde 2021, quando atingiu 4,8%.

A previsão para o dólar é de R$ 5,48 no fim de 2025 e de R$ 5,58 em 2026.

Fonte: Agência Brasil

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