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Fachin autoriza Luiz Fux a integrar Segunda Turma do STF após pedido de mudança

© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, autorizou nesta quarta-feira (23) a transferência do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma da Corte.

O pedido havia sido feito por Fux na terça-feira (21). Até então, ele integrava a Primeira Turma, responsável pelos julgamentos das ações penais relacionadas à trama golpista investigada contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A mudança foi possível após a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, que deixou vaga aberta na Segunda Turma. Caso tivesse permanecido na Corte, Barroso ocuparia um assento nesse colegiado.

Com a saída de Fux, a Primeira Turma passa a ter apenas quatro ministros até que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique um novo nome para o STF, ocupando a cadeira deixada por Barroso.

A Segunda Turma do Supremo passa agora a ser composta por Luiz Fux, André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Mudança após absolvições

A transferência ocorre logo após Fux votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e de sete réus do chamado núcleo de desinformação da trama golpista.

Com sua saída, os recursos de Bolsonaro e de outros núcleos de acusados passarão a ser julgados apenas pelos quatro ministros remanescentes da Primeira Turma: Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

Até o momento, o STF já condenou 15 réus por envolvimento na trama. Além dos sete condenados recentemente, outros oito já haviam sido punidos, pertencentes ao Núcleo 1, liderado por Jair Bolsonaro.

O julgamento do Núcleo 3 está agendado para 11 de novembro, e o Núcleo 2 começará a ser analisado em 9 de dezembro.

O Núcleo 5, por sua vez, inclui o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Residente nos Estados Unidos, ele não apresentou defesa no processo, e ainda não há data definida para o julgamento.

Fonte: Agência Brasil

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