Aeroportos de Congonhas e Santos Dumont ganham salas para autistas
Os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, Rio de Janeiro, inauguraram nesta segunda-feira (19) salas multissensoriais para acolher passageiros autistas. Objetivo é ampliar a inclusão e melhorar a experiência de pessoas com deficiência que utilizam os aeroportos. Para utilização das salas multissensoriais, os interessados devem procurar os balcões das empresas aéreas, para que sejam acompanhados e orientados.
A ideia, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, é tornar os espaços mais acessíveis. “Queremos que todos os passageiros, sem exceção, possam se sentir bem atendidos e seguros”, afirma o ministro. As salas foram abertas pela Infraero na semana em que se celebra o Dia Mundial do Orgulho Autista. A data tem como objetivo conscientizar a população sobre as características das pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). As salas receberão cerca de 16 crianças por sessão e foram projetadas para ampliar a inclusão e melhorar a experiência de pessoas neurodivergentes que utilizam os aeroportos.
Em Congonhas, o espaço tem piscina de bolas iluminadas, máquina de bolhinhas de sabão e projetor de vídeo. O local fica na área de embarque, próximo ao portão 4. Já no Santos Dumont, o ambiente possui aromaterapia, globo de luzes e equipamento de som com acionamento por bluetooth, para que os passageiros possam selecionar a música ambiente. A sala fica no terminal de embarque, perto do raio-x.
Para utilizar os espaços multissensoriais, os passageiros devem procurar os balcões das empresas aéreas, que terão a função de acompanhar os usuários do aeroporto até os ambientes e explicar como eles funcionam. As salas têm iluminação especial e revestimento acústico, além de contar com painéis de atividades e mobiliário planejado.
Neurologista infantil do Hospital Sírio-Libanês, Christiane Cobas explica que a iniciativa é importante para tornar os aeroportos mais confortáveis para esta população. “Geralmente, esses ambientes com muito estímulo são desconfortáveis para o passageiro com autismo”, afirma a médica.