Economia

Criação de empregos formais recua em junho, mas todos os setores e regiões seguem com saldo positivo

© Marcelo Camargo/Agência Brasil
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O número de empregos com carteira assinada no Brasil teve uma queda em junho, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No mês, foram gerados 166.621 postos formais, resultado da diferença entre contratações e demissões registradas no período.

O desempenho representa uma redução de 19,2% em comparação com junho de 2024, quando haviam sido criadas 206.310 vagas, considerando os dados ajustados — que incluem declarações entregues com atraso pelos empregadores. Apesar da retração, o número de junho de 2025 ainda ficou acima do registrado em 2023, quando foram abertas 155.704 vagas. Os dados utilizam a atual metodologia do Caged, em vigor desde 2020, o que impossibilita comparações diretas com anos anteriores.

Acumulado do ano também mostra queda

Entre janeiro e junho deste ano, o país acumulou a criação de 1.222.591 empregos formais — um recuo de 6,8% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando o total chegou a 1.311.751 vagas. Os números também foram ajustados para considerar atualizações tardias por parte das empresas.

Desempenho por setor

Mesmo com a desaceleração geral, os cinco grandes setores da economia apresentaram saldos positivos na geração de empregos em junho. O setor de serviços liderou a criação de vagas, com 77.057 novos postos, seguido pelo comércio, com 32.938. A agropecuária, impulsionada pela safra, veio em terceiro, com 25.833 novas oportunidades.

A indústria — que engloba os segmentos de transformação, extrativa e outros — gerou 20.105 empregos formais. Já a construção civil registrou a abertura de 10.665 vagas.

Destaques dentro dos setores

No setor de serviços, o maior impulso veio das áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, responsáveis por 41.477 novas vagas. A área de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e assistência social também teve destaque, com 12.821 novos empregos.

Na indústria, o principal crescimento ocorreu na indústria de transformação, que teve um saldo positivo de 17.421 empregos. Outro segmento relevante foi o de água, esgoto, gestão de resíduos e descontaminação, com 1.218 novos postos.

Vale lembrar que, desde a adoção do novo modelo do Caged em 2020, os dados do comércio não são mais subdivididos entre atacado e varejo, como ocorria anteriormente.

Panorama regional

Todas as regiões brasileiras apresentaram aumento no número de empregos formais em junho. O Sudeste liderou, com a criação de 76.332 vagas. Em seguida, vieram o Nordeste (36.405), o Centro-Oeste (23.876), o Sul (18.358) e o Norte (11.683).

Entre os estados, 26 das 27 unidades da Federação tiveram saldo positivo. Os melhores desempenhos foram de São Paulo, com 40.089 novas vagas; Rio de Janeiro, com 24.228; e Minas Gerais, com 15.363. A única exceção foi o Espírito Santo, que perdeu 3.348 postos de trabalho, especialmente devido à retração no setor cafeeiro.

Fonte: Agência Brasil

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