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Depois de oferecer R$ 10 mil “pela cabeça” de um assassino, capitão Assunção tem sua conta suspensa em rede social

O discurso do deputado estadual Capitão Assunção (PSL), feito no plenário da Assembleia Legislativa na última quarta (11), no qual oferece recompensa de R$ 10 mil “pela cabeça” de um assassino foi o assunto mais comentando nas redes sociais e virou pauta dos principais jornais do Estado.

Ancorado na imunidade parlamentar, conferida, o deputado em seu discurso ofereceu uma recompensa de seu próprio bolso no valor de R$ 10 mil para quem matar o assassino que matou a mulher em frente à filha de 4 anos, em Cariacica, em sua fala, Assunção destacou que “bandido bom é bandido morto”.

“Quero dar R$ 10 mil do meu bolso para quem mandar matar esse vagabundo. Isso, não merece estar vivo não. Eu tiro do meu bolso para quem matar esse vagabundo aí”

As declarações do deputado dividiu opinião,  as reações de entidades como o Direitos Humanos foram negativas, o vídeo do discurso compartilhado nas redes sociais do deputado foi excluído e, em uma delas, Assumção teve suspenso o direito de fazer postagens pelo período de 30 dias.

“Mantenho a oferta, eu tinha oferecido R$ 10 mil e só não ofereço mais porque não tenho dinheiro. Tem muitos colaboradores se mostrando solícitos, querendo oferecer dinheiro [para a morte]”, Esse bandido é um exemplo do que pode acontecer daqui para frente quando um bandido atentar contra a vida do trabalhador”, ressaltou o deputado.

O que diz

A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo informou que a Procuradoria da Casa provocou, na tarde desta quinta, a Corregedoria-Geral para que apure o conteúdo do discurso do parlamentar. “A Assembleia respeita a liberdade de expressão de seus parlamentares, todavia está atenta ao cumprimento das leis federais e estaduais e ao que determina o regimento da Casa”, diz a nota.

A Corregedoria-Geral da Assembleia Legislativa disse que vai avaliar se o deputado estadual Capitão Assunção quebrou decoro ao oferecer recompensa para quem matasse um criminoso. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral e caso a Corregedoria julgue que houve quebra de decoro, a punição pode ser desde uma advertência até a cassação do mandato.

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) também  informou, por meio de nota, que acompanha o caso e vai analisar o teor das declarações do deputado, o órgão não se manifestou sobre o caso.

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