Dólar recua e bolsa volta a subir com alívio nas tensões entre EUA e China

O arrefecimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China trouxe um dia de recuperação aos mercados financeiros nesta segunda-feira (13). Após uma semana de forte pressão, o dólar caiu e a bolsa de valores brasileira voltou a subir, retomando o patamar dos 141 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,462, com queda de 0,75% (-R$ 0,041). A moeda norte-americana manteve trajetória de baixa durante toda a sessão, chegando à mínima de R$ 5,44 por volta das 15h.
Mesmo com o recuo, o dólar ainda acumula alta de 2,61% em outubro, enquanto no acumulado de 2025 registra queda de 11,62%. O euro comercial também recuou, com forte desvalorização de 1,14%, encerrando o pregão a R$ 6,31.
Bolsa em alta
O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,78% e fechou aos 141.783 pontos, interrompendo uma sequência de duas quedas. As ações de siderúrgicas, petroleiras e mineradoras — setores com forte exposição ao mercado chinês — lideraram os ganhos do dia.
Motivos da recuperação
A melhora no humor dos investidores foi impulsionada pelas declarações do presidente Donald Trump, que indicou intenção de reduzir atritos comerciais com Pequim. No fim de semana, Trump recuou da ameaça de aplicar tarifas de 100% sobre produtos chineses, sinalizando uma reaproximação entre as potências.
Em entrevista à Fox News, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, reforçou o tom conciliador ao confirmar a reabertura do diálogo econômico entre os dois países.
Real entre as moedas que mais se valorizaram
No mercado de câmbio, o real foi a segunda moeda emergente com melhor desempenho do dia, atrás apenas do rand sul-africano. A atuação do Banco Central, que vendeu US$ 5 bilhões em leilão para rolagem de contratos futuros, contribuiu para conter a volatilidade e sustentar o movimento de queda do dólar.
Fonte: Agência Brasil