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Justiça Militar absolve policiais acusados de fraude no caso Kathlen Romeu

A Auditoria da Justiça Militar decidiu, nesta terça-feira (5), absolver por 4 votos a 1 o sargento Rafael Chaves Oliveira e os cabos Rodrigo Correia Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano. Os três eram acusados de manipular a cena do crime onde a jovem Kathlen Romeu foi morta a tiros, em junho de 2021, no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro.

Kathlen, que tinha 24 anos e estava grávida de 14 semanas, foi atingida por um disparo no peito logo após sair da casa da avó, que havia ido visitar. Os militares respondiam por falso testemunho e fraude processual. O colegiado responsável pela decisão é composto por um juiz de Direito e quatro oficiais da Polícia Militar.

A promotoria já havia solicitado a absolvição do capitão Jeanderson Corrêa Sodré, comandante da UPP Lins, e do cabo Cláudio da Silva Scanfela, alegando falta de provas. No julgamento, quatro policiais foram absolvidos da acusação de falso testemunho, e todos foram inocentados da suspeita de terem recolhido cápsulas de fuzil do local do crime. As defesas argumentaram que as acusações do Ministério Público não se sustentavam e se baseavam apenas em hipóteses genéricas.

Apesar da decisão, o Ministério Público informou que irá recorrer. “O julgamento em segunda instância ocorrerá no Tribunal de Justiça, sem a participação de militares. Esta etapa tratou exclusivamente da acusação de fraude processual. O homicídio segue sendo julgado na Justiça comum”, destacou o MP.

Júri popular

Mesmo com a absolvição na Justiça Militar, os cabos Rodrigo Correia Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano ainda serão levados a júri popular pela acusação de terem sido os autores do disparo que matou Kathlen Romeu. Ambos aguardam o julgamento em liberdade, e a data ainda não foi definida.

Relembre o caso

© eukathlenromeu/Instagram

No dia 8 de junho de 2021, Kathlen Romeu, modelo e designer de interiores foi baleada no tórax enquanto caminhava pela comunidade do Complexo do Lins. Ela estava grávida e morreu pouco depois de ser socorrida.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os tiros que atingiram Kathlen partiram de policiais militares que realizavam patrulhamento na comunidade. Os agentes teriam atirado em direção a um grupo de criminosos durante uma troca de tiros. *fonte: Agência Brasil

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