Economia

Mercado financeiro tem dia de alívio após revogação do decreto do IOF

© Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

Um dia após a revogação do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado financeiro teve um comportamento mais calmo. O dólar voltou a cair e fechou abaixo de R$ 5,50, enquanto a bolsa de valores registrou alta de quase 1%. A desaceleração da inflação e fatores externos também contribuíram para o bom humor dos investidores.

Nesta quinta-feira (26), o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,498, com recuo de R$ 0,055 (-1,02%). A moeda abriu com leve oscilação e passou a cair já nos primeiros minutos de pregão, encerrando próxima das mínimas do dia.

Com esse desempenho, o dólar acumula queda de 3,88% em junho e recua 11,01% no acumulado de 2025.

O índice Ibovespa, principal indicador da B3, subiu 0,99% e fechou aos 137.114 pontos, recuperando-se das perdas do dia anterior. A maioria das ações apresentou valorização. Apesar disso, o avanço no mês é discreto: apenas 0,06%. No ano, o índice acumula alta de 13,99%.

A revogação do decreto que previa aumento do IOF, aprovada na quarta-feira (25) por Câmara e Senado, foi interpretada pelo mercado como positiva, apesar da estimativa de perda de R$ 12 bilhões em arrecadação, segundo a Receita Federal. Para analistas, a medida pode forçar o governo a adotar cortes de gastos, o que agrada aos investidores.

Outro fator que influenciou positivamente foi o recuo da inflação. O IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, ficou em 0,26% em junho — resultado abaixo do esperado, impulsionado principalmente pela queda nos preços dos alimentos. A notícia favoreceu a bolsa de valores, uma vez que aumenta a possibilidade de o Banco Central antecipar a redução da taxa Selic.

No cenário internacional, a manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã e a divulgação de dados indicando desaceleração da economia dos Estados Unidos também contribuíram para a melhora nos mercados. Com isso, aumentam as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortar os juros ainda este ano. Taxas mais baixas em economias desenvolvidas tendem a estimular o fluxo de capital para países emergentes como o Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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