Economia

Metade das demissões em 2024 foi causada por comportamento, aponta pesquisa da PUCPR

© Marcello Casal JrAgência Brasil
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Uma pesquisa realizada pelo PUCPR Carreiras, setor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná responsável pelo 6º Observatório de Carreiras e Mercado, apontou que metade das demissões ocorridas em 2024 tiveram como principal motivo questões comportamentais. Outros fatores citados foram a automação de funções (25%) e medidas de redução de custos e cortes de despesas (25%). O levantamento ouviu 3.631 estudantes, 3.655 ex-alunos e 583 empresas do setor de recrutamento.

De acordo com a coordenadora do PUCPR Carreiras, Luciana Mariano, o mercado busca profissionais que aliam competência técnica a boas habilidades de convivência. “Uma postura negativa de apenas uma pessoa pode prejudicar toda a equipe, gerar conflitos, reduzir a produtividade e levar à perda de talentos. Por isso, é fundamental investir no autoconhecimento”, destacou.

Para Luciana, o sucesso profissional depende cada vez mais da combinação entre executar bem as tarefas e manter relacionamentos saudáveis. “Mais do que dominar ferramentas e processos, é essencial desenvolver inteligência emocional, empatia, respeito e responsabilidade nas interações, além de fazer autoavaliações frequentes sobre o próprio comportamento e a forma de lidar com emoções e colegas no ambiente de trabalho”, afirmou.

O estudo revelou que, em 2023, as competências mais valorizadas foram: comunicação oral (11,46%), planejamento (10,73%), solução de problemas (10,18%), gestão de conflitos (7,51%) e comunicação escrita (7,42%). Em comparação a 2021, quando as empresas ainda enfrentavam diretamente os impactos da pandemia, houve uma mudança de prioridade: naquele período, a solução de problemas (12,58%) liderava o ranking.

A pesquisa também mostrou que 76% dos participantes estão investindo em novos conhecimentos para evitar a estagnação e fortalecer a empregabilidade. Além disso, 16,32% das empresas ouvidas afirmaram priorizar candidatos que demonstram interesse em se atualizar.

Luciana reforçou que as transformações no mercado ocorrem de forma acelerada e exigem adaptação. “A atualização constante e o desenvolvimento de novas habilidades são indispensáveis. Profissionais que mantêm o aprendizado ativo se adaptam melhor, identificam oportunidades e compartilham conhecimento. Essa prática fortalece não apenas a carreira individual, mas também o desempenho das empresas, que necessitam de pessoas preparadas para aprender, se reinventar e colaborar”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

Categorias
Economia