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Moraes autoriza defesa de Bolsonaro a acompanhar acareação entre Mauro Cid e Braga Netto no STF

© Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (23) que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro poderá acompanhar presencialmente a acareação entre Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e o general Braga Netto, marcada para esta terça-feira (26), às 10h, na sede do STF. A audiência faz parte da ação penal que investiga a suposta trama golpista.

Mais cedo, o advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Bolsonaro, havia solicitado permissão para estar presente na audiência, que ocorrerá a portas fechadas e sem transmissão à imprensa.

Ao analisar o pedido, Moraes explicou que todos os advogados dos réus que integram o núcleo 1 da ação penal possuem o direito de participar dessas acareações, sem a necessidade de autorização formal.

“Todas as defesas dos co-réus, na presente ação penal, tem o direito de participar das acareações. Julgo prejudicado o pedido”, decidiu o ministro.

A acareação entre Mauro Cid e Braga Netto foi requerida pelos advogados do general, que alegam ser necessário esclarecer pontos envolvendo as acusações de que Braga Netto teria participado de discussões sobre o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo” — uma articulação para eliminar autoridades — e ainda que teria entregue dinheiro a Cid numa sacola de vinho.

Ambos figuram como réus na ação penal e Mauro Cid, além disso, firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF), estando na condição de delator.

No início de junho, Braga Netto foi interrogado pelo próprio Moraes e negou qualquer envolvimento com o plano Punhal Verde e Amarelo ou com a entrega de recursos a Mauro Cid para distribuição a militares do chamado grupo de elite do Exército, conhecido como “kids-pretos”.

Preso desde dezembro do ano passado, Braga Netto é acusado de tentar obstruir as investigações relacionadas à tentativa de golpe de Estado e de buscar informações sobre os depoimentos dados por Cid em seu acordo de delação.

Além disso, Moraes também autorizou outra acareação, a ser realizada no mesmo dia, às 11h, entre o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Assim como os demais, Torres é um dos réus do núcleo 1 da investigação sobre a tentativa de golpe.

Fonte: Agência Brasil

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