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PGR defende manutenção da prisão do general Braga Netto no STF

© Isac Nóbrega/PR
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou nesta segunda-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário ao novo pedido de liberdade apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga Netto.

Ex-vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o militar está preso desde dezembro do ano passado, acusado de tentar obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que buscou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também figura entre os réus apontados como parte central da articulação golpista, cujo julgamento terá início nesta terça-feira (2).

No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão preventiva do general, destacando que havia indícios de seu envolvimento direto na trama. Diante da nova solicitação da defesa, Moraes pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República antes de reavaliar o caso.

Em sua análise, Gonet reafirmou a necessidade da prisão cautelar:
“Reiteram-se as manifestações ministeriais de 11.7.2025 e 29.7.2025, no sentido da permanência dos motivos que fundamentaram a custódia provisória, ante a ausência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório para justificar a revogação ou a readequação da medida”, escreveu o procurador-geral.

As apurações da Polícia Federal indicam que Braga Netto, considerado um dos principais articuladores do plano golpista, teria tentado acessar informações sigilosas da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Desde sua prisão, a defesa do general nega qualquer tentativa de obstrução das investigações.

Fonte: Agência Brasil

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