PSOL lança Guilherme Boulos como candidato a presidência
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) realizou sua conferência partidária nacional neste sábado (21) em São Paulo e oficializou a escolha de Guilherme Boulos como candidato do partido à presidência da República nas eleições que ocorrem em outubro desse ano, em chapa que terá a índigena Sônia Guajajara como candidata à vice-presidente.
Com a escolha por aclamação por parte dos filiados do PSOL que particiapram do evento, essa será a primeira vez que Guilherme Boulos , conhecido por ser coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) concorrerá à Presidência da República.
E no discurso realizado na convenção que contou coma presença de 61 membros do diretório nacional, parlamentares do partido, pré-candidatos aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e às assembleias legislativas pelo PSOL , além de militantes do MTST e de organizações índigenas que também marcaram presença para demonstrar apoio à chapa, Boulos abordou dois discursos bastante ligados as suas raízes: trabalho e moradia.
No primeiro discurso como candidato oficial do PSOL à Presidência da República , Boulos falou sobre suas propostas para a área da habitação e prometeu “desapropriar prédio vazio como muitos no centro dessa cidade”.
Incitando a militância, ele também declarou que “gostem eles ou não, queiram eles ou não, vamos nos apropriar dos muitos prédios vazios e fazer moradia popular. Porque trabalhador também pode morar em lugar bom. Trabalhador também tem direito”, afirmou.
Outro assunto abordado pelo candidato e muito caro aos integrantes do MTST foi o da reforma agrária. Sobre isso, Boulos também afirmou que, caso eleite, iria “enfrentar o agronegócio” para “queiram eles ou não, fazer a reforma agrária. Esse é o nosso caminho. Essa aliança se construiu a partir da coragem e do compromisso com bandeiras como essa.”
Como já é de seu perfil, o candidato do PSOL também não se esquivou de assuntos polêmicos e marcou posição em relação ao aborto e à segurança pública. Sobre o primeiro, o presidenciável afirmou que “nossa campanha não vai ter medodo de defender o dirieto ao aborto”. Já sobre o segundo, Boulos disse que pretende discutir o atual modelo de segurança pública, incluindo a proposta de desmilitarização das polícias. Ele também defendeu rever a política atual sobre drogas.
Além disso, Boulos também defendeu a liberdade do ex-presidente Lula, lembrou a morte da ex-vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, Marielle Franco, e criticou adversários como Geraldo Alckmin (PSDB), Jair Bolsonaro (PSL) e o presidente Michel Temer.