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Secretária de Saúde de Vila Valério é exonerada do cargo após recomendação do MPES

O prefeito de Vila Valério Davi Ramos exonerou do cargo a então secretária de Saúde Cazuza Rossini, a exoneração foi publicada pelo Decreto 109/2021 na semana passada no site da Prefeitura. Cazuza Rossini é investigada pelo Ministério Público pelo crime de omissão, uma vez que em uma operação no da 7 de maio, fiscais da Justiça do Trabalho e a Polícia Federal encontraram na fazenda de seu marido, um grupo de 77 trabalhadores que foram trazidos de Minas Gerais para trabalharem na colheita do café estavam alojados em situação análoga à escravidão, 71 deles foi diagnosticado com covid-19. Segundo o MP, a secretária sabia da situação e estava sendo conivente.

O MP alegou que a então secretária não tinha idoneidade moral para ocupar o cargo público. Segundo o promotor Carlos Eduardo Rocha Barbosa, no dia 18 de maio a Prefeitura enviou resposta á notificação sustentando que o caso envolve apenas o marido da secretária e que os fatos não foram comprovados, não havendo assim motivo para exoneração. Dois dias depois o MP  reiterou a notificação ao município. Após a segunda notificação, o prefeito acatou a recomendação e exonerou a secretária no último dia 27 de maio. O Portal Momento teve acesso ao decreto assinado pelo prefeito Davi Ramos, onde mostra que a exoneração foi a pedido da própria secretária.

No dia seguinte, o prefeito nomeou para o cargo a enfermeira Katiucy Tetzner Muller. A ex-secretária foi contactada para comentar sobre a exoneração, mas as ligações não foram completadas.  Após a operação Cazuza Rossini deu entrevista ao Portal Momento e afirmou que o pedido do MPES não passava de perseguição política em função do seu trabalho no comando da pasta. Ela também já disse estar sendo vítima de uma injustiça. “Não existe nenhuma prova que desabone a minha conduta como secretária de Saúde”, disse a ex-secretária.

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