Economia

Dólar recua apesar de tensão no Oriente Médio; bolsa tem quarta queda consecutiva

© Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

Mesmo com o cenário tenso no Oriente Médio, o dólar iniciou a semana em baixa. A reação do Irã aos ataques norte-americanos — com bombardeios a bases dos EUA no Catar e no Iraque — foi vista como menos intensa do que o esperado, o que ajudou a conter a instabilidade nos mercados. Por outro lado, a bolsa brasileira acumulou a quarta queda seguida e atingiu o menor patamar em duas semanas.

Na segunda-feira (23), o dólar comercial fechou cotado a R$ 5,503, uma queda de R$ 0,022 (-0,4%). A moeda chegou a registrar alta leve no início do dia, mas inverteu o movimento à tarde. O menor valor do dia foi R$ 5,49, por volta das 12h15.

Com esse desempenho, a moeda norte-americana acumula queda de 3,78% em junho e de 10,92% no acumulado de 2025.

O mercado acionário brasileiro teve mais um pregão negativo. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou o dia aos 136.550 pontos, com retração de 0,41% — o nível mais baixo desde 10 de junho. A queda foi puxada principalmente pelos papéis da Petrobras, os mais negociados da bolsa, que recuaram em meio à desvalorização do petróleo no mercado internacional.

As ações ordinárias da Petrobras (com direito a voto) caíram 2,81%, enquanto as preferenciais (com prioridade no recebimento de dividendos) tiveram queda de 2,5%.

O petróleo tipo Brent, referência global, caiu 7% nesta segunda-feira, sendo negociado a US$ 71 o barril. A queda ocorreu mesmo diante da ameaça iraniana de bloqueio do Estreito de Ormuz, já que os navios continuaram a circular normalmente pela região. A medida foi aprovada pelo Parlamento iraniano em resposta aos bombardeios dos EUA contra instalações nucleares no país.

Sem novidades relevantes na economia doméstica, os investidores direcionaram sua atenção ao cenário externo. Apesar dos ataques iranianos às bases militares norte-americanas no Iraque e no Catar, a confirmação de que não houve vítimas e a informação de que o Irã teria alertado os EUA antes da ofensiva ajudaram a acalmar os mercados e contribuíram para a queda do dólar.

Fonte: Agência Brasil

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