Economia

Dólar se aproxima de R$ 5,60 e bolsa acumula queda pelo sexto pregão consecutivo

© Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

Em meio a um cenário de incertezas no Brasil e no exterior, o dólar comercial fechou nesta segunda-feira (14) em forte alta, atingindo R$ 5,584 — o maior valor registrado em mais de um mês. A bolsa de valores também teve um dia negativo e completou seis sessões consecutivas de baixa.

A moeda norte-americana iniciou o dia oscilando próximo à estabilidade, mas ganhou força após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. Por volta das 16h45, chegou a bater R$ 5,59, sua máxima intradiária. Com o avanço de 0,65% nesta sessão, o dólar acumula alta de 2,76% em julho, embora ainda registre queda de 9,67% no acumulado de 2025.

No mercado acionário, o índice Ibovespa — principal indicador da B3 — recuou 0,65%, encerrando o dia aos 135.299 pontos, o menor patamar desde 9 de junho.

Tensões internas e externas pressionam os mercados

A instabilidade nos mercados foi impulsionada tanto por fatores domésticos quanto internacionais. No Brasil, os investidores aguardam com cautela a audiência de conciliação marcada para esta terça-feira (15) no Supremo Tribunal Federal (STF), que tratará da legalidade do decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No cenário externo, o principal fator de preocupação foi o aumento das tensões comerciais promovidas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Durante o fim de semana, Trump anunciou um plano de elevação de tarifas para 30% sobre produtos importados da União Europeia e do México, com vigência a partir de 1º de agosto.

Nesta segunda-feira, ele intensificou o discurso e afirmou que poderá impor tarifas de 50% sobre produtos russos, caso a Rússia não suspenda seus ataques à Ucrânia nos próximos 50 dias. Como reflexo, o dólar se fortaleceu globalmente, atingindo o maior valor das últimas três semanas frente a moedas de países desenvolvidos.

Fonte: Artigo Brasil

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