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Governador anuncia saída de coronel Ramalho da secretaria de segurança pública do ES

O anúncio do governador Renato Casagrande (PSB) sobre a saída do coronel Alexandre Ramalho do comando da Secretaria de Estado da Segurança (Sesp), feito pelas redes sociais no início da noite desta quinta-feira (24) pegou o “mercado político” de surpresa. Não pelo fato da saída em si. Quem acompanha a política capixaba sabe que por mais de uma vez o secretário já tinha deixado claro suas pretensões políticas e a possibilidade de disputar as eleições neste ano. Então, já era esperado que ele deixaria a pasta.

O que ninguém esperava era que ele pudesse sair agora, já na semana que vem, já que o prazo de desincompatibilização dos ordenadores de despesas que irão disputar eleições se encerra apenas em abril. A saída antecipada tem motivo. Em entrevista para a coluna De Olho no Poder, do jornal online Folha Vitória, coronel Ramalho contou que precisava de tempo para definir seus próximos passos, se continua ou não no seu partido, o Podemos; se disputa a Prefeitura de Vila Velha ou de Vitória; se segue na política ou se inicia uma carreira no setor privado.

“Hoje, não tem nada definido”, disse o secretário, que após se despedir do cargo, irá tirar uma semana de férias e deixar para depois do Carnaval a decisão sobre o futuro. De concreto mesmo, segundo ele, apenas a decisão de não retornar mais para o comando da pasta mais delicada do governo do Estado.

Afirmando ter cumprido sua missão, por entregar o cargo após o Estado atingir a menor taxa de homicídios em 27 anos, e desabafando estar cansado pelo desgaste que a função lhe causa, Ramalho dá como encerrada sua carreira como secretário: “A Segurança Pública, pra mim, não tem volta”.

Nessa entrevista, Ramalho detalhou como foi a conversa e a reação do governador com a sua decisão, faz um balanço da sua gestão à frente da pasta e sinaliza quais partidos estariam interessados em lhe dar abrigo, caso decida ir para a disputa.“Eu conversei com o governador na semana passada, existem muitas especulações, muitos chamados para conversar. Existem também outros projetos que me interessam. Nunca deixei de pensar também no setor privado e discutir segurança pública sobre outro viés, de acompanhar o que acontece no Brasil como um todo. Até virar um comentarista de Segurança Pública. Em paralelo a isso, surge de novo, pela visibilidade da secretaria de Segurança Pública, aqueles presidentes de partido que querem dialogar”; trás um trecho da entrevista.

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