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Operação do Gaeco apreende diplomas falsos de pós-graduação em São Mateus, um professor de uma faculdade foi preso

Uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte) com auxílio da Polícia Militar de São Mateus, foi deflagrada hoje (11), a operação foi chamada  “Lato Sensu”, e é um desdobramento da Operação “Mestre Oculto”. A operação investiga o fornecimento de diplomas de pós-graduação de forma fraudulenta. Um professor que também é  coordenador de curso de pós-graduação da Faculdade Vale do Cricare de São Mateus foi preso e encaminhado para a Penitenciária Regional de Linhares. Por meio de nota, a Faculdade Vale do Cricaré informou que afastou os envolvidos no processo de suas funções até o fim do inquérito.

O Gaeco cumpriu também quatro mandados de busca e apreensão na faculdade  e na residência dos investigados, onde foram apreendidos computadores, celulares e documentos. O material apreendido será analisado pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro do MPES.

O MPES chegou aos dois alvos da operação após colaboração premiada envolvendo investigados nas fases anteriores da Operação Mestre Oculto. Segundo o MPES a ação realizada hoje é a quinta fase da Operação Mestre Oculto, deflagrada inicialmente em 25 de julho do ano passado com o objetivo de desarticular um esquema criminoso para obtenção de diplomas de curso superior, visando especialmente à nomeação em cargos públicos. A nova etapa da operação recebeu o nome de “Lato Sensu” devido à certificação falsa em pós-graduação.

Pessoas que compraram diplomas falsos

Além da nova fase da operação, o MPES avançou no cerco a pessoas que usam documentos falsos, inclusive para dar aulas. O Gaeco-Norte encaminhará para a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) e para as secretarias municipais de Educação uma lista daqueles que, de algum modo, receberam diploma de graduação, de pós-graduação e de cursos livres de forma irregular. A lista foi obtida pelo MPES após colaboração premiada, envolvendo investigados nas diferentes fases da Operação Mestre Oculto.

Caberá à Sedu e às Prefeituras apurarem a situação individual dos nomes que estão listados para esclarecer se o documento utilizado era ou não produto de fraude, e buscar junto ao MPES ou à Polícia Civil a responsabilização dos fraudadores. Eles poderão responder por crime de falsidade e até por ato de improbidade administrativa.

Até agora, as diferentes fases das investigações em curso, apontam que mais de 4 mil diplomas de graduação e certificados de pós-graduação e cursos livres foram obtidos com fortes suspeitas de fraude na Região Norte do Estado. Comprovadamente, houve simulação de aulas e de atividades dos alunos.

As investigações envolvendo as duas primeiras fases da Mestre Oculto avançaram e se desdobraram nas operações Estória, Viúva Negra e Lato Sensu, também deflagradas pelo MPES. Donos de instituições de ensino localizadas no Norte do Estado foram presos, além de pessoas ligadas ao esquema criminoso de compra e venda de diplomas e certificados. O MPES já denunciou à Justiça 11 pessoas investigadas nas duas fases da Operação Mestre Oculto.

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